reativar ou não reativar

Tendo absorvido os pontos tratados nos dois últimos textos "Uno consigo... Parte I - Parte II" retomo aqui a questão da reativação que foi um dos motivos iniciais disso tudo.
Reativar um ato é necessário até que ponto?

Para responder essa questão é preciso pensar em que estágio de alteração de realidade você se encontra: Quantas vezes suas vontades se concretizaram? Quantas vezes os dias foram sincronicos com suas intenções e quantas vezes você conseguiu olhar para todo um processo de fato realizado?

Uno consigo e com o mundo - parte II

Continuando os pensamentos que dei início no texto anterior: "Uno consigo e com o mundo", se não leu ainda vale a pena ler.

Vamos agora pensar no operador. Este, seja você ou eu, em dado momento nos predispomos a elevar a vontade e rasgar o véu com uma intenção direcionada. Mas o que constrói essa capacidade?

Primeiramente vamos pensar em alguns pontos que são sempre muito tratados no que diz respeito ao indivíduo que atuará. O primeiro é a alimentação:

Uno consigo e com o mundo

Venho hoje tratar de um processo prático, que iniciei já há algum tempo, para relatar algo que apresentou-se de forma muito característica.

Todos ao pensar em práticas místicas, ocultistas, mágicas, em sua grande maioria, não enxergam o contexto total da situação. Para compreender o que estou tratando vamos pensar em rituais e sua mecânica:

Basicamente um ritual é composto de alguns processos básicos como: preparação, condução e encerramento.

ideia e ação - novos pontos

Já tantas e tantas vezes me atrevi a insistir nessa questão e ainda não me vejo claro o suficiente. O que se processa como o espaço entre as ideias que temos e a ação que tomamos é vista tendo um separador de fato e ai está o ponto(problema) em que tanto insisto em avaliar.

Numa situação ideal podemos pensar que todas as ideias que se tornam ações são na verdade tais ações atuando em outro nível ainda. Como um bebê que ainda engatinha para depois vir a andar e correr. O que separamos pelos nomes ideia e ação na verdade é uma coisa só. Vamos chamar isso de ENT (entidade). Esse ENT é a fagulha que nos faz primeiro(aparentemente) pensar (mesmo que pouco) para depois vir a agir. E para entender esse ENT é preciso pensar que as ideias tem peso e força e são "algo" independente da nossa existência.

histórias mortas

Havia um lugar, longe... no tempo. Retocando um lugar, hoje, já esquecido.
As pessoas não falavam, não sabiam. E essa é a história de como aprenderam.
Viviam todos sem modos, do jeito que o jeito permitisse.Coçavam quando podiam, lambiam , riam, sem nem pensar no som.
Certo dia um deles empurrou alguém, e foi a primeira guerra que viram.
Se estapearam e grunhiam ensandecidamente. Em certo ponto já exaustos, um destes caiu. No impulso segurou uma pedra e com um simples movimento estourou a cabeça do outro.
Todos olharam extasiados. Tiveram um clarão e entenderam a queda do corpo, o outro, o vivo podia matar.O horror daquilo fez com que todos pegassem uma pedra e jogasse como conseguiam no vivo, que não tardou em sangrar e morrer.
E nesses instantes de entendimento, vivo/morto, eles se viram matando, começando assim uma chuva de pedras para todos os lados. Todos agora sabiam matar e se mataram um a um.
Rápido sobraram apenas três, soterrados até o umbigo por copos mortos de seus irmãos, primos, tios, pais, mesmo eles nem ao menos sabendo nada disso.
Os três assim pararam por não verem mais pedras, só corpos. Eram tantos que havia um monte deles entre eles, visto que as pedras acabara a muito tempo.
Eles não se viam. Gritavam, grunhiam, se debatiam e não conseguiam mudar, sair dali.
E isso demorou.
Dias passaram e a fome, sede vieram derrubar a razão da celeuma.
Foi assim que escutaram um choro, de dentro do monte.
Nada fizeram.
O choro demorou até que alguém brotou de dentro dali. Uma garota banhada em sangue. Foi um parto sofrido. Demorado. Primeiro a cabeça, os dedos, braços,  os seios, o corpo.
Ao sair levantou-se comedidamente.
Limpou os olhos e viu em poucos passos os três soterrados.
Foi assim que um deles falou: "tira! corpo!", gesticulando debilmente.
Ela sem qualquer interesse presente foi lá no alto, escalando e tirou o primeiro corpo, do alto.
Levou pra longe.
Quando voltou outro falou: tira! tira!
Ela prontamente retirou lá do alto outro, e assim durante o dia e a noite. Eles incansavelmente não paravam de pedir e ela de tirar. Em certo momento já não havia nenhum corpo entre os três.
E assim eles se viram soterrados, fatigados, empedernidos.
Mas não tardou em sentirem vergonha. Foi tanta que começaram a rasgar os corpos endurecidos de cima de suas pernas, de seus ventres, seus umbigos.
Foi tanto rasgo que por fim afundaram numa possa de sangue, pele, vísceras, suor. Afundaram quando já podiam sair, mas era tanto o cansaço que se findaram lentamente.
Ela de pé, depois de ver todo o ocorrido se volta para os corpos que retirou de lá.
Um a um levantando-se peremptoriamente.
Se olhavam e repetiam consigo: "tira. corpo. tira."

elucubrações III


Reconectar-se não é uma tarefa simples. Não existe um USB espiritual. Mas até que ponto nos desconectamos?

Não pensar no trilho faz com que o trem descarrilhe? Ainda que não oremos nossas almas sofrerão o parto? Existe mesmo uma frieza espiritual? O que é espiritual?