Vejo um caminho…

trees
Vejo um caminho repleto de árvores. Diametralmente opostas, seguindo o traçado tortuoso da estrada, não me sinto só. Vejo uma pedra lançada pelo tempo. Vejo um musgo qualquer se confundindo com todos os outros, que não são outros, são o mesmo musgo verde e húmido. Vejo cascas solitárias de árvores já não mais existentes. Sinto o asfato nos pés descalços. Vejo as cores usadas, as britas encrustradas no piche já ceco. Marco o passo e respiro um ar vindo dos dinossauros… intacto e puro. Percebo formigas e besouros mil a passearem entre si, sem se importarem uns com os outros. Sinto o calor vindo das ondas solares enquanto vejo as nuvens formarem minhas ânsias. E no passar do tempo, incalto continuo.