estados alterados


O texto anterior Manual prático do Mestre - Ou alucinações da mediocridade foi feito com o objetivo de avaliar por uma certa ótica um ponto até muito simples. Apesar do tamanho do texto, em que eu poderia ter resumido bem mais, vi que assim eu chegaria num ponto sobre o xamanismo que pouco ou quase nunca tem sido tratado nos sites relacionados que é a maestria de indivíduos que propõem-se a guiar alguém. Por razão de pura lógica do movimento, sabemos bem que não há uma cartilha, como ocorre em fraternidades, que avaliam o indivíduo e os qualificam adequadamente. Por não possuir isso e muito menos um dogma reconhecer um mestre dentro das práticas mais naturais é um trabalho complicado. E facilmente poderemos nos ver diante de impostores, que por meio de substâncias específicas criam reações das quais estes não tem domínio algum para falar sobre. E por isso mesmo insisti que é mais saudável tratar todos por instrutores à tratá-los como mestres.


Manual Prático do Mestre - Ou alucinações da mediocridade

Diante da jornada que empenhamos insistentemente em busca de realização, percebo uma constante que provavelmente vem ao longo dos milênios. Se pensarmos bem, todas as vertentes espiritualistas e fraternidades ou mesmo algumas filosofias indicam a presença sagrada de um ser que chamamos normalmente por mestre. Este indivíduo é aquele em que depositamos, ou depositaríamos a certeza de que, de seus ensinamentos jorram as mais belas instruções para o crescimento efetivo do neófito. E pecamos tolamente ao delegar a tais indivíduos as direções ou ao menos as certezas que deveriam ser em grande parte responsabilidade de cada um.
Mas isso é um fator contraditório. Visto que nenhum indivíduo é uma ilha e não nascemos sabendo tudo, então, a figura do mestre se faz necessária, mesmo diante da questão de que somente o próprio indivíduo deveria ser capaz de se guiar e de crescer. O que pensar então?