Implicações dos translados adversos e nossos diários. O que acalentamos reciprocamente?

Sou feito de luz!
Uma luz implacável. Dinamizada pelas minhas alternações biológicas. Meu corpo pulsa luz!
Indelevelmente multiplicando-me em vibrações que se regem mutuamente.
O corpo não vem depois do eu Luz.
Nem mesmo a luz processa-se antes, no vácuo, para implicar na carne. Por isso tal luz é um sangue universal. Ele pulsa em fluxos maciços de via láctea. Por um intermédio dos corações materializados. Sejam este carne ou pedra.
O vento quando passa leva minha luz como poeira. Ela é fragmentária. Dissolve-se como intenções descuidadas. Agarrando as outras mentes que dela se apoderarem. Essa relação é eterna.

Então quando meu corpo se desfizer em pedaços. Minha luz despedaçar-se-á gradualmente, principalmente se minha centelha materializar-se devidamente em minhas extensões de prazer e desejo. Por intermédio desta implicação percebo que de fato há quem sumirá quando morrer. Definhando assim como poeira, dispersa-se ao longo do caminho esta identidade, que será reagrupada numa maior e menos independente. Torna-se-a um, parte de um grupo de vida, que chamamos alguns destes de animais, insetos, chegando aos minérios, alcançando as ondas e elétrons. Nada se perde no caldeirão.

Por razão da vida estes que demonstrarem realidade em sua identidade permanecerão e serão cobrados por isso*. Voltarão aos seus pés de outrora para readquirir visão de si mesmo e dos outros para simplesmente ser. Aprenderão que a escolha é de cada um. Ser o que se quer ser. E se nada for, nada será, entregando-se ao motor da vida como o gás se entrega à chama do fogão. Indiferente a sua realização como ser real.

Isso até atrai a muitos yogues em sua dissolução com o uno. Mas ainda podemos escolher. E poderemos dizer que esse uno maior sou eu mesmo. E manter-me em meus próprios pés não por que significa que sou melhor, por orgulho, mas por que sou gerador de transformações e não um simples devorador de segundos à espera da morte. As realizações da vida no plano das causas segundas é a maior dádiva dela mesma... pois é por onde tal força enxerga a si no universo.

Esses sentidos múltiplos alimentam um intelecto realmente maior. Este que podemos chamar de o TODO. Seu sangue é o que chamamos por vida. E o movimento de respirar é o que chamamos escolhas.

Somos dotados do dedo que escolhe. Escolhemos o botão que nos apetece.

Dissolução ou reintegração. Perder-se ou interagir... inflamar um novo paradigma?

A divindade se calou não por que as leis foram quebradas, ou por que cansou. Mas por que deixamos de ser divinos. Ela não nos escuta em nossos gemidos de desespero... somos pequenos demais.... somos poeira a dissolverem-se mudos.

Cabe a cada um tratar-se do tamanho que lhe aprouver.
Pois meus pés seguram um espaço sem fim sobre eles. Maior do que o TUDO a qual faço parte. Esse tudo que não é nada ao mesmo tempo.

É quando veremos que sobre nossas cabeças sempre existirão estrelas bem maiores do que nós. E o universo já será outro. Sem começo e nem fim.



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* Karma?